ESTAVA MORTO E REVIVEU

Leia agora a parábola contada por Jesus em Lucas 15, versículos 11 a 32. A parábola do filho pródigo.

O filho pródigo recebera de seu pai a própria vida e uma grande fortuna. Enquanto era criança tinha amor ao pai e com ele permanecia. Ao crescer este amor arrefeceu-se, e este personagem preferiu abandonar a seu pai.

Dissipou os seus bens e sofreu as amarguras da necessidade. Arrependeu-se depois, reconheceu o pecado, reconheceu que não era digno de ser considerado filho de seu pai, mas voltou a ele dependente, necessitado e arrependido. Note que aqui pecado é o afastamento do Pai.

Após ter sido abandonado, o pai considerou o filho “perdido” e “morto”. O resultado do pecado (leia-se afastamento de Deus) é a perdição e a morte.

O gênito que não ama a seu progenitor, também não merece o título de filho. O filho tem uma relação de amor e dependência afetiva para com seu pai.

Da mesma maneira que o progenitor pode abandonar seu gênito deixando de ser pai, da mesma maneira o gênito pode abandonar seu progenitor deixando de ser filho. É exatamente isso o que acontece com o pecador. Enquanto estamos em pecado estamos afastados de Deus, e não somos seus filhos, apenas criaturas criadas pelo criador.

Deus é Pai!

Esta foi uma das verdades que Jesus nos deu a conhecer.

Se Deus é Pai e se tem amor de Pai por nós, então nada mais razoável, que seja amado de todo nosso coração, para que possamos corresponder a esse amor e realmente assumir a posição de filhos.

PARA QUE VOS TORNEIS FILHOS

Leia agora a Palavra de Jesus em Mateus 5. 43 a 48 e Lucas 6.32 a 36

“Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e vir chuvas sobre justos e injustos.”

Deus é Criador do Universo e de tudo o que nele há (Gênesis capítulos 1 e 2).

Mas não apenas Criador, Deus é Pai de toda a criação, uma vez que Deus ama e está presente em tudo o que faz.

Aquele que ama o Criador, como conseqüência ama a criação, pois na criação está a mão do Criador.

Para amarmos a Deus de todo onosso coração, é necessário então amar toda Sua obra, incluindo a nós mesmos, o nosso próximo e o nosso inimigo.

Por esta razão diz Jesus em Mateus 22.39 que o segundo mandamento é semelhante ao primeiro.

“O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

Em João 13. 34 e 35

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.”

Para nos tornarmos filhos do Pai Celeste é necessário amar até os inimigos, porque eles também fazem parte da criação de Deus e também são contemplados com Seu amor. Nisto está a perfeição do Pai e a perfeição do filho: o amor transcendental, que supera o julgamento sobre o mau e o bom, sobre o justo e o injusto. “Não julgueis, e não sereis julgados”. Quem realmente ama, não julga. Quem realmente ama não precisa de julgamento.

“Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”

O entendimento que Jesus nos traz é: Deus é Pai perfeito. O que significa, pela Palavra de Jesus, que Deus é o Criador, e que ama toda Sua criação. Amar a Deus de todo o coração, então equivale a amá-Lo como um filho ama o Pai, e não só a Ele, mas toda Sua criação. Fazendo isto voltamos à situação de filhos de Deus, da qual o pecado nos havia tirado. Amar a Deus de todo o entendimento equivale a dizer conhecê-Lo como um filho conhece seu Pai, conhecendo também a Sua vontade para com seus filhos, através de Seus mandamentos.