O termo “palavra”, é
proveniente do grego “parabole”,
modificado pelo latim “parabola”. No
dicionário pode assumir diferentes sentidos. Em nosso estudo empregaremos
apenas dois destes sentidos. Utilizando-o como sinônimo de vocábulo, (som articulado provido de significação ou sua
representação gráfica) grafaremos “palavra” com “p” minúsculo. Utilizando como
sinônimo de discurso, ou mensagem, grafaremos “Palavra” com “P”
maiúsculo.
A analisarmos a Palavra como
sinônimo de mensagem ou comunicação devemos sempre estar identificando os elementos participativos da
comunicação, qual sejam: a origem da
Palavra (o autor), o destino da
Palavra (o receptor), e o veículo da
Palavra (aquele que a transmite). Isto é importante para que possamos valorizar
adequadamente o conteúdo ou a mensagem envolvida, principalmente
quando percebermos que a Palavra vem de Deus e o destino somos nós.
O escopo desta obra é o estudo
do conteúdo da Palavra de Jesus. Não
estaremos excessivamente preocupados com a forma como foi dita, ou com que
letra foi escrita, mas sim com a mensagem
que nos transmite, tal qual se apresenta a nós na atualidade. O fato de Jesus
ter-se utilizado ricamente de parábolas e comparações na ministração de Seus
ensinos remete-nos a este tipo de abordagem associativa. Antes de falar ao
intelecto, esta mensagem é destinada ao nosso espírito, e mais do que informar,
o objetivo é transformar a vida daquele que aceita a Jesus como suficiente
Redentor. Para isto utilizaremos a Bíblia traduzida por João Ferreira de
Almeida na versão revista e atualizada pela Sociedade Bíblica do Brasil.
Estaremos utilizando uma
técnica de estudo um pouco diferente daquela utilizada nos seminários Bíblicos
e faculdades de Teologia convencionais. Nos seminários Bíblicos utiliza-se uma
abordagem Hermenêutica das escrituras. A abordagem Hermenêutica parte do
princípio de que o sentido essencial do texto deve ser encontrado na língua na
qual este foi escrito. Não sou um hermenêutico, mas minha especialidade é a
Neurolingüística. A Neurolingüística (simplificadamente) é a ciência que estuda
a linguagem do cérebro, e as suas representações e simbolismos. Uso esta
abordagem para estudar o texto Bíblico por três razões:
1. Muitas mensagens do SENHOR não
foram redigidas na língua em que foram proferidas, principalmente as Palavras
de Jesus.
2. O Espírito não se utiliza de
uma língua humana específica para transmitir as suas mensagens, mas de uma
linguagem própria e universal, que transcende
qualquer língua humana, uma vez que estas são limitadas por sua própria
natureza. Justifico-me nisto citando Atos 2. 1 a 13.
3. Da mesma maneira que cremos na
veracidade da Bíblia como Palavra do Senhor, por Sua própria Soberania,
mantendo-a pura e verdadeira nas escrituras originais e cópias sucessivas,
também creio na veracidade e inerrância de suas traduções para nossas línguas
maternas. O mesmo Espírito que zela pelo original, também zela pela tradução.
Como vimos em Atos 2.