EU A NINGUÉM JULGO

Leia agora em João 8. 12 a 20.

“Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo.”

“Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou.”

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida.”

A natureza do homem é a natureza da carne.

O julgamento do homem é feito segundo a carne.

Jesus, como Filho do homem não julgava ninguém. Só julgava em comunhão com o Pai, a fim de cumprir o seu propósito na terra.

Se Jesus não julgava, quem somos nós para julgar?

Se Jesus não condenava, quem somos nós para condenar?

Quem julga segundo a carne está em trevas. Quem vê segundo a carne, está em trevas. Melhor seria fechar os olhos e permanecer na luz.

O SÁBADO FOI ESTABELECIDO POR CAUSA DO HOMEM

Leia agora Marcos, capítulo 2, versículos 23 a 28 e capítulo 3, versículos

Uma das maiores controvérsias de Jesus com os fariseus referia-se ao caráter essencialmente legalista com o qual estes impregnavam a lei de Moisés.

Este caráter legalista consegue produzir no homem uma relação excessivamente artificial com Deus. Torna-se assim o Senhor um juiz frio, distante, inflexível e calculista; nem um pouco parecido com a figura do Pai, preocupado com o bem-estar de Seus filhos, como tantas vezes Jesus fez questão de frisar.

Você já parou para pensar nas razões pelas quais Deus estabeleceu a Lei dada por meio de Moisés? Leia o decálogo no capítulo 20 de Êxodo. Medite sobre as razões de Deus. Comece pelo quarto mandamento.

“O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado”.

O quarto mandamento foi claramente estabelecido com o objetivo de melhorar a qualidade da vida do homem sobre a terra. Jesus reconhece isto. É fácil imaginar como seria difícil a vida do homem sem um dia na semana para repousar e consagrar a Deus.

Mas e os outros mandamentos?

Que dizer do quinto mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá”. Se meditarmos um pouco também chegaremos à conclusão de que se cumprirmos este mandamento, nossa vida sobre a terra será melhor.

Medite mais um pouco sobre cada mandamento e você também chegará à conclusão que a obediência a eles traz como conseqüência direta a melhoria da qualidade de vida do homem sobre a terra.

Com certeza você viverá melhor, se não matar ninguém.

Se você não furtar, sua vida será muito mais rica do que se você praticar o roubo.

Se você não adulterar, sua vida será muito mais verdadeira do que se você se entregar a esta prática. E assim sucessivamente.

Todos os mandamentos e Lei foram estabelecidos para melhorar a vida do homem. Quando o homem não os obedece, passa imediatamente a sofrer as conseqüências de sua má escolha.

E além de sofrer as conseqüências de sua má escolha, ainda está sujeito a ser julgado e punido por sua desobediência.

Tomemos um caso clássico: Adão e Eva no capítulo 3 de Gênesis.

Eva foi punida com as dores do parto e com a subserviência ao marido.

Adão foi punido com a necessidade de trabalhar a terra para tirar o seu sustento. Ambos foram expulsos do paraíso.

Mas poucas pessoas se conscientizam do maior castigo que Adão e Eva receberam por comer o fruto proibido: o conhecimento do bem e do mal. Esta foi a pior conseqüência e que Deus estava justamente tentando evitar através da única lei que dera ao homem. Os outros castigos foram pela desobediência.

>A Lei de Moisés tem o mesmo objetivo: evitar que o homem pratique o mal contra si mesmo. A Lei de Moisés serve portanto como parâmetro de conduta para o homem, e como parâmetro de julgamento para Deus.

Mas os fariseus ao invés de observarem a lei em seu comportamento passaram a utilizá-la para julgar o semelhante, (e notem a total inversão de valores) usaram-na para julgar a Jesus, e poderíamos dizer também que a usaram para julgar o próprio Deus.

“O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” Uma lei de Deus interpretada e transformada em lei de homens. Justiça Divina confrontando a justiça dos homens. Uma lei feita para melhorar a vida do homem, mas que transformada pela dureza dos corações proibia Jesus de curar no Sábado. Substituição completa dos valores divinos pelos valores humanos. A Lei dada por Deus como manifestação de amor para melhorar a vida do homem, sendo utilizada por este para julgar a Deus e ao semelhante. Medite nisto: Qual o emprego que você faz da Lei de Deus?

NÃO JULGUEIS SEGUNDO A APARÊNCIA

Leia a seguir João capítulo 7, versículos 14 a 24.

O pecado original (descrito em Gênesis capítulo 3, versículos 1 a 24) tem muito a ver com a pretensão do homem, em tendo conhecimento do bem e do mal, constituir-se juiz de sua própria vida e da vida alheia. Julgar é uma prerrogativa de Deus. Sendo imperfeito, o homem julga apenas pela aparência, cometendo injustiças. O melhor é deixar esta tarefa para Deus, e não julgar, ou se o julgamento for inevitável“Não julgueis segundo a aparência, e, sim, pela reta justiça.”. Mas quem é capaz de julgar pela reta justiça? Jesus nos dá a fórmula: “Quem fala por si mesmo está procurando a sua própria glória; mas o que procura a glória de quem o enviou, esse é verdadeiro e nele não há injustiça.” O julgamento pertence a Deus, e é executado através da Palavra de Jesus. Nela não há injustiça.

Quando o homem julga pela aparência, geralmente está buscando a própria glória, e o parâmetro de referência utilizado é o próprio homem. Devemos ter em mente, no entanto, que ao julgar a criação, estamos também a julgar o próprio Criador. Julgar pela reta justiça significa utilizar o parâmetro de Deus para julgar. Quando ao julgar o próximo (a criação), buscarmos a glória de Deus, e não a Sua depreciação, então não teremos em nós injustiça. Foi Deus quem criou aquele que está sendo julgado, e portanto em qualquer julgamento que o homem faça, estará colocando a glória de Deus em avaliação. Julgar pela reta justiça é julgar procurando a glória de Deus.

Leia João 5. 19 a 47.

“Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo porque não procuro a minha própria vontade, e, sim a daquele que me enviou.”

SÃO OS OLHOS A LÂMPADA DO CORPO

“São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” Mateus 6.22 e 23.

Como você enxerga o seu irmão?

Como você enxerga as pessoas que Deus colocou ao seu redor?

Como você enxerga o mundo no qual você vive e que foi criado por Deus?

Enxerga com luz? Enxerga com trevas?

Quem enxerga e analisa está julgando.

Como você julga? Com luz ou com trevas?

Você já reparou que os defeitos que vemos nos outros mais facilmente são os nossos próprios defeitos?

Quem julga ao próximo está julgando a si mesmo.

Quem condena ao próximo, está condenando a si mesmo.

Quem perdoa ao próximo está perdoando a si mesmo.

Quem dá ao próximo, está dando a si mesmo.

A medida é a mesma.