EU LHES FIZ CONHECER O TEU NOME

“Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles e eu neles esteja.” João, 17. 25 e 26.

Para amar alguma coisa, é necessário conhecê-la. O mundo não conhece a Deus, e portanto não pode amá-lo. Neste dois versículos, Jesus emprega o verbo “conhecer” quatro vezes, a fim de que o mesmo amor que Deus depositara em Jesus, estivesse no coração dos discípulos.

Ainda no capítulo 17 de João, citemos o versículo 3.

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”

Aquele que verdadeiramente conhece a Deus e a Jesus Cristo já tem a vida eterna.

Conhecer a Deus então não é apenas uma teoria recitativa. Implica na própria salvação. É mais do que uma aula de filosofia ou de teologia. É mais do que um raciocínio elaborado.

Para amar a Deus então, é necessário conhecê-Lo. O primeiro passo para isto é aceitar que Jesus foi por Ele enviado. O segundo passo é aprender com Jesus.

No trecho anterior Jesus chama a Deus de “Pai”.

No antigo testamento, muito poucas vezes Deus é chamado de Pai. Na maioria das vezes é chamado de SENHOR. Mas Jesus quase só O chamava de Pai.

Talvez seja difícil amar um SENHOR. Mas muito mais fácil é amar um Pai.

Mas aqui precisamos de parênteses:

O que você entende por pai?

Geralmente as pessoas confundem a pessoa do pai, com a figura do progenitor. Mas nem sempre o progenitor é pai. E nem sempre o pai é progenitor.

O pai é mais do que um simples progenitor. Um homem que gere uma criança em uma mulher e a seguir a abandona com a criança gerada; ou mesmo doadores de sêmen, podem ser considerados progenitores, mas não pais.

O pai é aquele que tem uma relação afetiva com o filho. Uma relação de profundo amor, e que chega quase à dependência.

Um homem que adote uma criança abandonada, criando com ela este vínculo afetivo, é muito mais merecedora do título de pai, do que o progenitor que a abandonou.

E o que você entende por filho?

Geralmente as pessoas confundem a figura do filho, com a figura do gênito.

Gênito é aquele que foi gerado (pelo progenitor). Mas nem sempre o gênito é filho. E nem sempre o filho é gênito.

Da mesma maneira, ser filho, envolve uma relação de dependência afetiva. O filho ama e depende afetivamente do pai, enquanto que o gênito não ama e não depende afetivamente do progenitor.