USO DE MEDICAMENTOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO

Antibióticos

   Os antibióticos de uso mais seguro são os do grupo da penicilina (penicilina G benzatina, penicilina G procaína, penicilina G cristalina, penicilina G potássica, fenoximetilpenicilina, ampicilina, amoxacilina, oxacilina e outras); as cefalosporinas de primeira geração (cefalexina, cefalotina, cefazolina, cefadroxil e outras) e os macrolídeos (eritromicina e espiramicina).

    Os antibióticos de uso contra-indicado durante a amamentação são o cloranfenicol ( e seu derivado o tianfenicol, em função de passagem importante para o leite e risco de toxicidade hematológica), as tetraciclinas (clortetraciclina, oxitetraciclina, doxiciclina, minociclina e outras, pelo risco de causarem anomalia do esmalte dentário, redução do aporte de cálcio e distúrbios digestórios); a estreptomicina pela passagem moderada ao leite materno e risco de lesão do nervo auditivo, os do grupo das quinolonas (norfloxacina, ciprofloxacina, lomefloxacina e outras) pela capacidade de lesar a cartilagem de crescimento, interferindo no desenvolvimento ósseo. A novobiocina e as sulfonamidas, são contra-indicadas principalmente nos quinze primeiros dias de vida, em função do risco teórico de competir com a bilirrubina pelo sítio de ligação na albumina e capacidade de agravar a icterícia neonatal, assim como pelo risco de desenvolvimento de hemólise nos portadores de deficiência de G6PD no caso das sulfonamidas. A maioria dos antibióticos no entanto (os que não estão citados em nenhum dos dois grupos anteriores), não dispõem de estudos e experiência clínica suficiente para terem o uso avalizado durante a amamentação. O seu emprego portanto deve ser extremamente criterioso em função das necessidades específicas peculiares a cada caso clínico.