A rubéola é uma doença infecciosa causada por um vírus (vírus da rubéola) que se manifesta de duas maneiras principais.
Na criança e no adulto (o que se chama de vida pós-natal), provoca um quadro clínico caracterizado por erupção avermelhada generalizada, febre baixa e aumento dos gânglios linfáticos. Dura apenas alguns dias e dificilmente deixa seqüelas.
Ao contrário, se o vírus da rubéola acometer a gestante, no primeiro trimestre de gravidez, pode causar lesões graves e irreversíveis ao feto, prejudicando a sua embriogênese . Deste modo, a síndrome da rubéola congênita caracteriza-se por retardo no crescimento intra-uterino; retardo neurológico; defeitos cardíacos; anomalias na visão que podem levar à cegueira; deficiências auditivas leves, moderadas ou graves; e anormalidades hematológicas , ósseas e hepáticas . O índice de mortalidade durante o primeiro ano de vida gira ao redor de trinta e cinco por cento.
A prevenção da síndrome da rubéola congênita se faz através de vacina, mas alguns dados devem ser considerados.
Como o vírus causa imunidade permanente, a mulher que tenha adquirido rubéola estará protegida: a doença não acomete duas vezes a mesma pessoa. No entanto, como existem várias doenças com manifestações parecidas com as da rubéola, um diagnóstico puramente clínico não é suficiente. Para se obter a certeza de que a mulher teve rubéola, é necessário dosar os seus elementos naturais de defesa, isto é, os anticorpos específicos para rubéola que se encontram no sangue, quer dizer, realizar a sorologia para rubéola. Este teste, bastante simples, pode quantificar o nível de anticorpos protetores e avaliar se a paciente está imunizada ou não para a rubéola. Caso o título de anticorpos seja baixo, a paciente está susceptível de ser infectada pelo vírus, sendo necessária a vacinação.
A vacina, no entanto, não pode ser utilizada durante ou próxima à gravidez, devido ao risco de o vírus vacinal ser também teratogênico . No mínimo, a vacina, em dose única, deve ser aplicada três meses antes da fertilização do óvulo.
Quem teve rubéola pode fazer uso da vacina sem problemas e alguns médicos, para economizar recursos, ganhar tempo ou fugir dos resultados pseudopositivos da sorologia, preferem indicar a vacina sem colher previamente material para a sorologia, o que é válido. Em todo o caso, pode-se repetir a sorologia dois meses após a vacinação, para se verificar se a paciente foi efetivamente imunizada. Isto por ser uma vacina muito instável e necessitar de refrigeração constante, podendo perder a capacidade imunizante, caso não seja adequadamente transportada e armazenada.