ARREPENDEI-VOS
PORQUE ESTÁ PRÓXIMO O REINO DE DEUS

Encerrando o estudo sobre a justiça de Deus, iremos iniciar o estudo sobre o reino de Deus. Mas antes de abordar o reino de Deus faz-se necessária  uma preparação, uma retificação de caminhos. Leia agora em Mateus 3. 1 a 12. E à seguir Mateus 4. 12 a 17

Ao ser mandado para preparar o caminho do Senhor, João Batista pregava o batismo pelo arrependimento dos pecados.

Ao saber que João Batista fora preso, Jesus voltou para a Galiléia e antes de iniciar o seu próprio ministério, fez Sua a Palavra de João, preparando os discípulos para os ensinamentos que viriam a seguir.

“Arrependei-vos, porque está próximo o reino de Deus”

O arrependimento dos pecados é o pré-requisito para o perdão e para a ação da Palavra de Deus no homem. O arrependimento dos pecados é a porta de entrada para o reino de Deus

Leiamos agora Lucas 13. 1 a 5

“mas se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.”

Neste pequeno trecho, narrado apenas por Lucas, os discípulos relatam assustados as atrocidades cometidas por Pilatos sobre alguns galileus.

Os discípulos estavam escandalizados com a morte física imposta pela crueldade humana, assim como já haviam se escandalizado pela morte “acidental” de dezoito pessoas soterradas no desabamento da torre de Siloé.

Não se escandalize com a morte física. A morte física faz parte da natureza humana. Preocupe-se antes com a morte espiritual. Reconheça-se pecador e arrependa-se de seus pecados, ou o seu destino não será em nada diferente destes que morreram prematuramente sem terem se arrependido. Sem arrependimento o destino certo é a morte. O arrependimento dos pecados é a chave para o perdão, do qual depende a vida eterna.

Leiamos agora Lucas 5. 27 a 32

Não vim chamar justos, e, sim, pecadores ao arrependimento.”

Ao verem Jesus comendo com os publicanos e pecadores, os fariseus e os escribas (mestres da lei judaica) ficaram indignados. Talvez até enciumados. Diriam eles talvez:

­“Mestre! Comendo com pecadores! Que escândalo! Deixe-os! Coma conosco! Somos justos! Não somos pecadores!”

Não eram mesmo pecadores?

Quem não é pecador?

Todos somos pecadores. Mas nem sempre reconhecemos.

Jesus não está interessado em honrar aquele que se julga justo por esta ou aquela razão. Poderia até ter dito a eles:

“Vocês não são pecadores? Muito bem, não precisam de mim. A sua retidão lhes basta. Serão julgados por seus méritos”.

Quem não precisa de Jesus? Quem pode dispensar a Sua salvação?

Quem é tão bom que será salvo por suas próprias virtudes e méritos?

O verbo conjugado aqui é “chamar”. Quem se considera justo, não é chamado.

Os pecadores são chamados. Nem todos serão escolhidos, mas o pré-requisito para ser chamado é reconhecer o pecado. Quem não se reconhece pecador nem chamado é, quanto mais escolhido. E da mesma maneira que o pré-requisito para ser chamado é reconhecer o pecado, o pré-requisito para ser escolhido é arrepender-se do pecado.

Leia também em Lucas 18. 9 a 14 a parábola para aqueles que confiam em si mesmos por se considerarem justos.

“...porque todo o que se exalta será humilhado, mas o que se humilha será exaltado.”

Humilhar-se e reconhecer-se pecador é o primeiro passo que damos em direção a Jesus. O segundo é o arrependimento dos pecados.

Quem se considera justo, confia em si mesmo. Não depende do perdão de Deus ou do calvário de Jesus.

Quem não se reconhece pecador não é humilde de espírito. Não se arrepende e não aceita o perdão.

Quem se reconhece pecador, mas não se arrepende do pecado também não tirará nenhum proveito do perdão.

Quem se diz arrependido e torna a pecar, não estava realmente arrependido, e portanto não estava nem ao menos perdoado. O arrependimento verdadeiro implica na real disposição de não voltar a pecar. Um dos sinônimos de arrependimento é “desistência”.

Mas só reconhecer-se pecador, e arrepender-se, também não basta.