CUIDADOS GERAIS DURANTE A GRAVIDEZ
Calorias na gravidez

    Quando se fala em calorias, fala-se em energia armazenada nas ligações químicas dos alimentos . A energia química é liberada no organismo através do metabolismo dos nutrientes absorvidos pelo sistema digestório. É ela responsável por todas as atividades vitais dos seres vivos, desde o funcionamento do cérebro, a atividade muscular, os batimentos cardíacos, até o crescimento dos cabelos e das unhas. Chamamos de energéticos ou calóricos os alimentos que, quando metabolizados, liberam energia química aproveitável pelo organismo.

    Esta energia é quantificada através da unidade física denominada caloria que é a quantidade de energia necessária para elevar de um grau centígrado (de 15°C para 16°C) 1 grama de água. Por ser uma unidade muito pequena, em nutrição, costuma-se utilizar a quilocaloria, que equivale a 1000 calorias. Para simplificar, a quilocaloria também é chamada de Caloria, com "C" maiúsculo.

Os principais alimentos energéticos são:

Gorduras, cujo metabolismo de 1 grama libera 9 Calorias.

Carboidratos, cujo metabolismo de 1 grama libera 4 Calorias.

Proteínas, cujo metabolismo de 1 grama libera 4 Calorias.

Álcool, cujo metabolismo de 1 grama libera 7 Calorias.

    Um aparte deve ser feito às proteínas, que nem sempre são utilizadas para a produção de calorias. Durante os processos de crescimento e formação de novos tecidos orgânicos, são empregadas com funções estruturais e o seu metabolismo, ao invés de liberar, acaba consumindo calorias.

    Uma das principais características dos alimentos energéticos é a de que o seu excesso não pode ser eliminado pelo organismo (ao contrário do que acontece com as vitaminas, sais minerais, oligoelementos e fibras). Todo o excedente ingerido, não utilizado nas funções metabólicas, acaba sendo armazenado na forma de gordura, causando obesidade.

    Durante a gravidez, as necessidades de calorias são maiores do que as requeridas normalmente. Nesta situação, uma certa reserva de gorduras é, até certo ponto, desejável, para garantir o suprimento contínuo de energia para o feto, no caso de intercorrências clínicas, como as náuseas e vômitos da gravidez e o estressante período do trabalho de parto. Por outro lado, o seu excesso é prejudicial à saúde, causando problemas circulatórios, fadiga e dores nas costas. Durante o pré-natal, uma das preocupações do obstetra será avaliar as reservas de tecido gorduroso da paciente e orientá-la no sentido de aumentar, diminuir ou manter o ritmo de ganho de peso.