Prossiga agora a leitura de Mateus, capítulo 12, versículos 33 a 37.
Quem não tem o amor verdadeiro no coração é pródigo em julgar o semelhante.
Quem insulta, ou simplesmente usa uma palavra frívola, além de julgar, está condenando sem perdão. Está sujeito a julgamento e condenação. É uma árvore má, que dá mau fruto. Note nesta passagem, que para Jesus uma simples palavra é um fruto pela qual se julga a árvore. Veremos em outras passagens que Jesus refere-se a frutos várias vezes. Frutos podem ser desde atos concretos, até simples palavras. O ser humano em geral não dá muito valor às palavras e tem o costume de proferi-las sem pensar. Para Jesus, palavras são elementos de vital importância para a constituição do reino de Deus.
A Palavra de Jesus é o meio pelo qual o homem pode aceitar o sacrifício da cruz e ser salvo.
A Palavra do homem é o meio pelo qual o homem testifica sobre o que existe em seu coração.
“Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo; porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado.”
Em seguida medite sobre Mateus 15, versículos 1 a 20.
“...a boca fala do que está cheio o coração.”.
“Mas o que sai da boca, vem do coração, e é isso o que contamina o homem.”
As palavras realmente são importantes, na medida em que testemunham aquilo que está no coração. Se uma pessoa for muda, ou hipócrita o suficiente para falar aquilo que não está sentindo, ela não deixará de sofrer as conseqüências de seu pecado, mas nem todas as pessoas preocupam-se em refrear a língua. A grande maioria das pessoas fala aquilo que pensa ou sente e assim acaba contaminando-se e ao próximo com a iniqüidade do próprio julgamento.
Como anda o interior de seu coração?
O que você permite estar presente em seu íntimo?
Maus desígnios? Homicídios? Adultérios? Prostituição? Furtos? Falsos testemunhos? Blasfêmias?
Você já fez um balanço do que anda presente em seu coração?
Você já fez alguma vez uma boa faxina em seu coração?
Prossiga agora a leitura de Mateus, capítulo 23, versículos 13 a 36.
“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas!”
“Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo!”
“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e de intemperança!”
“Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo!”
Ao utilizar a comparação do “copo e do prato” Jesus nos ensina como o mal chega ao nosso interior.
Quem vive a julgar o pecado (aparentemente) alheio, está a se alimentar de pecado.
Quem se alimenta do pecado (mesmo aparentemente alheio), está cultivando o pecado em seu coração, e portanto está em processo de morte. Quem alimenta em si o pecado, fala a Palavra do pecado, pois a árvore má não pode dar bom fruto. Quem tem o Pecado como Palavra, destila a morte na língua.
“Raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?”
A víbora (que tem morte na língua) pensa estar a condenar o próximo. Na verdade, está a condenar-se a si mesma, pois quem condena é condenado. Como escapar do inferno? Jesus nos ensina: “limpa primeiro o interior do copo”. É possível limpar o coração! Podemos fazer isto através da Palavra de Jesus. Aliás esta é a primeira coisa que devemos fazer, limpar primeiro o interior do copo, e então o exterior ficará limpo.